Já virou rotina. Um prazo apertado, uma dúvida complexa ou a temida página em branco. E aí, muitos de nós, de forma quase intuitiva, recorremos a um assistente de IA. Usamos de maneira independente, experimental, na base da curiosidade e da necessidade. É um movimento natural e, em muitos aspectos, positivo.
Mas e quando a ferramenta sai do campo da experimentação e vira parte do nosso dia a dia?
Uma pesquisa da Robert Half traz um dado que merece atenção: 4 em cada 10 empresas não orientam suas equipes sobre o uso responsável de IA. E só 15% mantêm programas recorrentes de capacitação. Isso significa que uma grande parte dos profissionais está navegando sozinho em um mar de inovação, sem bússola ou mapa.
Por que a orientação da empresa se faz necessária?
A questão vai além de como usar, mas também com que consciência:
• Como garantir que a IA não replique preconceitos?
• Quais informações sensíveis podem ser inseridas?
• Até que ponto confiar no conteúdo gerado? Quem é o responsável final?
• Estamos usando a IA para potencializar nossa criatividade?
Aqui estão algumas dicas que podem auxiliar no uso estruturado dessas tecnologias:
• Seja curioso, mas crítico: Use a IA, teste seus limites, mas sempre revise o resultado com seu olhar humano. Pergunte-se: "Isso faz sentido? Está alinhado com meus valores?"
• Confidencialidade: Não alimente a IA com dados sigilosos, informações pessoais de clientes ou segredos comerciais. Trate-a como uma conversa em um espaço público.
• Domine o prompt: A magia está no comando. Seja claro e específico. Em vez de "escreva um e-mail", experimente "escreva um e-mail para um cliente agradecendo pelo feedback sobre assunto x, com tom caloroso e propondo uma reunião de acompanhamento".
A pesquisa é um alerta, mas também um convite para as empresas assumirem seu papel de guias nessa nova fronteira e para cada um possa ser um explorador responsável.