Sabemos que o uso excessivo de celulares é prejudicial, mas você já parou para pensar em como seu corpo reage a isso?  Segundo pesquisas publicadas no Journal of the American Medical Association (JAMA) e relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), oito horas diárias de exposição às telas (comum no trabalho remoto e lazer digital) desencadeiam efeitos sistêmicos no organismo.

Os Impactos no Corpo e na Mente

1. Estafa mental e fadiga ocular
   A exposição prolongada às telas reduz a capacidade de concentração em até 40%, segundo especialistas. Além disso, a luz azul emitida pelos dispositivos não só causa fadiga visual, mas também pode levar a alterações permanentes na visão se não for controlada.
2. Distúrbios do sono e ansiedade
   O uso noturno de celulares desregula a produção de melatonina, o hormônio do sono, criando um ciclo vicioso de noites mal dormidas e dias improdutivos. A dependência de notificações também ativa mecanismos cerebrais semelhantes aos da ansiedade, tornando a desconexão um verdadeiro desafio.
3. Problemas motores e posturais
   Inclinar a cabeça para olhar o celular por horas sobrecarrega a coluna cervical com um peso equivalente a 27 kg, segundo estudos. Com o tempo, isso pode levar a dores crônicas e até mesmo à atrofia muscular.

Infelizmente, diante de rotinas cada vez mais conectadas, é quase impossível passar muitas horas longe desse pequeno aparelho que possibilita um mundo de informações na palma de nossas mãos. Mas, algumas estratégias podem reduzir o uso excessivo e incessante. Confira algumas dicas.

• Use o WhatsApp Web no computador para reduzir o tempo de exposição à tela pequena;
• Prefira livros físicos quando possível. A leitura no papel cansa menos os olhos e melhora a concentração;
• Troque o despertador do celular por um tradicional para evitar o primeiro e último contato do dia com as telas.

A chave não é abandonar a tecnologia, mas usá-la com consciência. Afinal, como qualquer ferramenta poderosa, o celular exige um manual de instruções para o corpo humano.