Nos últimos dias, esse assunto voltou à tona nas redes profissionais: como otimizar o currículo, considerando que muitas vezes a primeira triagem pode ser com ajuda de suporte tecnológico.  Algumas sugestões bem criativas surgiram, como:

·        Esconder palavras-chave no rodapé, com a mesma cor do fundo do currículo;

·        Renomear o arquivo do PDF com termos estratégicos ("Joao_Silva_Engenheiro_Civil_5anos_Experiencia.pdf).

Mas será que essas táticas realmente funcionam? Ou será que podem até prejudicar sua candidatura?

Vamos explorar o que faz sentido (e o que é mito) quando o assunto é otimizar seu currículo para sistemas automatizados, sem perder a humanização e os detalhes preciosos que só a sua personalização pode valorizar!

 Por que as palavras-chave importam?

Muitas empresas usam ATS (Applicant Tracking Systems) ou outras ferramentas de IA para filtrar currículos antes mesmo de um recrutador olhá-los. Esses sistemas identificam termos relevantes da vaga (como habilidades, ferramentas ou certificações).

✅ O que ajuda:

·        Incluir palavras da descrição da vaga:  Por exemplo, se a empresa pede "Excel Avançado", use essa expressão exata no currículo;

·        Variar sinônimos: além de ‘Gestão de Projetos’, por exemplo, inclua sinônimos como ‘Coordenação de Projetos’ ou até a versão em inglês (Project Management), se for relevante para a vaga.

❌ O que pode atrapalhar:

• Encher o currículo de palavras soltas só para "enganar" o sistema;
• Usar texto invisível (muitos ATS já identificam essa prática e podem desclassificar seu currículo).

Estratégias que realmente funcionam

• Use títulos claros;
• Prefira PDF (evite .docx, que pode bagunçar o layout).
• Nomeie o arquivo de forma simples (por exemplo, "Nome_Sobrenome_Área.pdf").

• Adapte seu currículo para cada vaga (não envie o mesmo genérico para todas);
• Inclua palavras da vaga naturalmente (por exemplo, se pedem "Html", mencione em habilidades ou experiências);
• Destaque resultados com números palpáveis, quando possível.

O que evitar

• Excesso de design (alguns ATS não leem bem colunas, tabelas ou ícones);
• Listas intermináveis de habilidades (seja relevante).

O filtro de IA é só o começo.  Depois, seu currículo ainda precisa conquistar o recrutador. Por isso, ele deve ser otimizado para sistemas automatizados (com as palavras-chave certas) e, ao mesmo tempo, claro e atraente para quem lê. Teste-o com ferramentas como o Jobscan, que compara seu CV com a descrição da vaga, e não deixe de pedir feedback humano. No fim, o segredo está em alinhar tecnologia e autenticidade.