A SHEIN abriu recentemente sua primeira loja física permanente em Paris, no tradicional BHV Marais e tem realizado a abertura de lojas temporárias em pontos estratégicos do Brasil.
O movimento marca uma nova fase simbólica para uma marca que nasceu e cresceu totalmente no ambiente digital. Será esse um ponto de virada para os negócios digitais?
Durante anos, a SHEIN apostou apenas em lojas temporárias e na conveniência online. Mas o varejo físico segue exercendo um papel que o digital ainda não consegue substituir: a experiência sensorial e a confiança presencial.
Apesar da praticidade do online, ver, tocar, provar e interagir com produtos e pessoas continua sendo um diferencial para o consumidor contemporâneo.
Esse passo também reflete uma tendência global: a busca por modelos híbridos, que unem o alcance do digital à experiência do físico. As marcas entendem que estar presente no mundo real reforça o senso de pertencimento e autenticidade.
Para marcas brasileiras, ou para quem trabalha com produtos, varejo ou eventos, esse movimento oferece lições que podem ser interpretadas e adaptadas:
• Mesmo em nichos digitais pode ser viável considerar eventos, showrooms ou pontos de experiência, não necessariamente grandes lojas permanentes, mas lugares onde o cliente “toca” a marca;
• É útil usar pontos físicos como extensão para narrativas descentralizadas, não apenas como um canal de venda;
• Cabe sempre avaliar se a presença física traz valor agregado real (público-alvo, custo, logística, imagem) ou se seria um desvio de recursos que podem render mais online.
Ou seja, mesmo que seu negócio seja nativo 100% do âmbito digital, explorar as interações físicas pode ser alcançável e frutífero para a saúde financeira da sua marca.